Nunca é tarde para recomeçar. Talvez essa seja uma das maiores aventuras da vida: iniciar e finalizar ciclos. E depois recomeçar. E assim quase um ano se passou – um dos ciclos mais “pesados”, intensos e dolorosos que já vivi.
Foi um ano da pesada. Muito mais triste do que feliz. Mas falam que a gente amadurece mais sofrendo (também falam que o sofrimento traz inspiração... Não foi bem isso que eu vi neste blog, que logo mais completará um ano de existência!). Às vezes, quando menos esperamos, a vida, linda e bela, vem e nos dá umas porradas. A gente até pode levar algumas de raspão, tentar revidar, dizer que não doeu... Não adianta. As marcas ficam. Essas cicatrizes da alma são o que eu chamo de “amadurecimento forçado”.
Este amadurecimento ocorre quando vivemos algo que jamais imaginaríamos viver. Seja uma viagem, uma experiência traumática ou um relacionamento doente, como o que aconteceu comigo.
Nem sempre conselho de mãe resolve. E se ainda fosse só de mãe... Conselho de mãe, avó, avô, tia, tio, primo, amigos, cachorros, papagaio... E até mesmo a sua intuição, que está gritando aos montes com você, e você simplesmente tapa os ouvidos, a ignora e continua a amadurecer pelo caminho mais difícil: pelo erro consciente e por opção.
Felizmente, no meio de tantos erros, porradas, machucados e lágrimas a gente acorda para a vida, que continua seguindo linda e bela. Aí chegou a hora do “rehab”. Tem que tratar com carinho todos os machucados. É um processo demorado e doloroso. As feridas ainda estão abertas. Há muita coisa que ainda precisa ser digerida e entendida. É difícil voltar para o seu próprio eixo. Você quer enxergar a beleza da vida, mas seus olhos ainda estão marejados, a vista fica um pouco embaçada.
O senhor tempo ajuda bastante. Ele apaga o que precisa ser esquecido e renova o que sobrou de bom. E melhor do que o tempo é Deus, destino, energias positivas, providências divinas, ou seja lá o que for. Ele traça o “caminho certo por linhas tortas”. Às vezes, ao suceder um presente especial, a porrada torna-se necessária. É a confirmação de que erramos, assumimos o erro, aprendemos com ele e dessa vez (e nas próximas) vamos fazer a coisa certa. Ou seja, amadurecemos.
Seja bem-vindo, recomeço! Com muita inspiração , paz de espírito e o principal: felicidade (com os olhos bem abertos!)!
